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Rodrigo Russo

Política, economia e cultura na Europa

Perfil Formado em direito pela USP e em jornalismo pela Cásper Líbero, é correspondente em Londres

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O rap dos economistas Keynes e Hayek

Por Rodrigo Russo
23/03/12 10:12

O Facebook de uma amiga me deu a dica que compartilho aqui: um duelo, em ritmo de rap, entre dois economistas clássicos e fundamentais no século 20.

John Maynard Keynes é o mais conhecido deles, por conta da teoria de estímulo a gastos do governo, o que foi adotado como solução para a crise de 1929.  Já Friedrich August Hayek integra a corrente austríaca de pensamento, favorável ao liberalismo (livre-mercado).

Suas visões permanecem atuais hoje, quando vivemos novos tempos de recessão (e crise) global. A saída de Keynes é que os governos criem empregos e crescimento; para Hayek, investimentos deviam ter lastro em poupança real, não em estímulos fiscais ou taxas de juro artificialmente reduzidas.

O vídeo é bem divertido, mas não achei uma versão em que as legendas em português não tivessem alguns erros gramaticais… de todo modo, confira abaixo.


YouTube DirektO rap de Keynes e Hayek

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Rúgbi - minhas fraquíssimas previsões

Por Rodrigo Russo
19/03/12 14:09

Hoje é o dia de prestar contas daquele post sobre rúgbi e economia, com base no torneio Six Nations, que terminou no fim de semana. O resultado, como muitos leitores acertadamente previram, foi um desastre, mas a tentativa foi divertida. Com a correção dos comentários abaixo (que agradeço, porque vi a tabela errada), não acertei nenhum!  Eu perderia dinheiro nas casas de apostas aqui de Londres (ainda não experimentei, por sorte)…

Gales, o país de menor PIB, foi o vencedor – minha previsão era França, a maior economia.

A Inglaterra ficou em segundo lugar, enquanto a minha tese indicava a Itália, no que eu sabia que estava redondamente enganado, mas não achei que o estrago fosse tão grande…

Irlanda em terceiro (previ Inglaterra), França como quarta colocada (era Irlanda), Itália em penúltimo e Escócia como lanterna  completam o resultado final da edição 2012 do Six Nations, que volta no ano que vem.

Se minhas previsões foram um desastre, ao menos o torneio teve ótimos jogos, como a vitória de Gales contra a Inglaterra em Londres. Qual foi o seu jogo favorito?

PS: como um dos leitores indicou, vou tentar usar essa correlação de novo na Olimpíada =)

 

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Lições sobre entrevistas na TV

Por Rodrigo Russo
16/03/12 11:49

Depois do lançamento de “Frost/Nixon”, filme sobre a célebre entrevista de David Frost com Richard Nixon, depois de este deixar a Presidência dos Estados Unidos, o nome do entrevistador passou a ser mais conhecido no Brasil.

O filme retrata Frost, nos anos 1970, como um jovem disposto a pegar Nixon no contrapé, mas com uma alma de celebridade e duas sessões iniciais de conversa medíocres, deixando o ex-presidente muito satisfeito com o pagamento que recebera pela entrevista. Só na última sessão é que vem o grande momento, com Nixon desconcertado.

Pois ontem à noite, zapeando pelos canais de TV, me deparei com um interessante programa, de uma hora de duração, apresentado por Frost, hoje um “sir” britânico, chamado “Frost on Interviews”. 

Exibido pela BBC Four, é uma análise de como as entrevistas televisivas mudaram de 1950 até os dias de hoje, e mostra momentos marcantes da programação britânica, de Francis Bacon bêbado durante um almoço, declarando-se um otimista sobre nada, até Muhammad Ali em três fases de sua carreira, na última já bastante abalado pelas pancadas.

Interessante notar como houve a profissionalização dos entrevistados, quase todos agora com assessorias de imprensa e de relações públicas que os treinam a evitar as perguntas importantes, a gastar o tempo com subterfúgios e que negociam os temas que podem ser abordados pelos entrevistadores. Uma saída com categoria é fazer como o programa mostrou: colocar no início da entrevista todas essas condições, para que o público também fique a par de suas restrições.

Fiquei pensando em como são diferentes nossos programas de entrevistas dos que são exibidos aqui. Para as atrações brasileiras, parece que mais vale o ar de intimidade com o político e/ou celebridade, um jogo cordial; aqui, o foco é intimidação, tirar o entrevistado de sua zona de tranquilidade, ser incisivo.

Frost, no fim, resume: uma boa entrevista não é sobre suas perguntas, mas sobre as respostas que elas geram, a conversa precisa de ritmo e, mais importante, se os assessores não ficarem insatisfeitos, não houve uma boa entrevista.

 

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Aquecimento olímpico

Por Rodrigo Russo
14/03/12 16:53

Em 135 dias, começarão os Jogos Olímpicos de Londres. Essa é a terceira vez que a cidade britânica recebe a Olimpíada, o que já aconteceu em 1908 e em 1948.  Londres promete os Jogos mais verdes da história e em um legado duradouro das instalações e dos investimentos que foram necessários na infraestrutura do evento.

A partir de hoje, começo a postar sobre o assunto, com foco no modo como a cidade se preparou nos últimos anos para as Olimpíadas e como está essa reta final.

Abaixo, uma animação sobre o revezamento da tocha olímpica, que começa em 19 de maio e percorrerá todo o Reino Unido. A música-tema é “Spinnin’ for 2012”, por Tinchy Strider e Dionne Bromfield (eu achei bem simpática, e você?)


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O labirinto grego

Por Rodrigo Russo
12/03/12 18:44

O economista Fernando Sampaio, sócio-diretor da LCA consultores, fez um pequeno comentário sobre a crise econômica na Grécia que gostaria de dividir com os leitores deste espaço. É sucinto e bastante informativo sobre a crítica situação do país.

O labirinto grego

O fechamento do acordo para o refinanciamento de uma parte da dívida da Grécia (ou seja, a troca de títulos próximos de vencer por novos títulos, cujo valor total é bem menor, cujo prazo de vencimento é maior e que pagam juros mais baixos do que aqueles que os investidores vinham exigindo para emprestar para a Grécia) provocou alívio porque afastou o receio de que bancos importantes, ao sofrer perdas com títulos gregos, estivessem na iminência de falir.
 
Do ponto de vista das perspectivas da Grécia, predomina um justificado ceticismo. Em contrapartida ao pacote de refinanciamento, o país se comprometeu com metas draconianas: por exemplo, reduzir o gasto público em 30% nos próximos cinco anos; reduzir o contingente de funcionários públicos em 150 mil pessoas nesse período; e reduzir em 22% o salário mínimo. Tamanho corte de gastos terá inevitável efeito recessivo (se for levado a cabo –o que poderá se revelar infactível, não só politicamente, mesmo economicamente). Tamanho corte de empregos inevitavelmente pressionará a taxa de desemprego, que já está em altíssimos 21% da PEA. E tamanho corte do salário mínimo evidentemente deprimirá ainda mais o consumo das faixas da população grega de renda mais baixa.
 
O PIB grego já caiu 13,2% desde o início da recessão, em 2008. Diante das medidas prometidas, não surpreende que os analistas privados prevejam novas quedas do PIB em 2012 e 2013. E que haja enorme dúvida quanto à factibilidade da alta de 2% do PIB prevista para 2014 nos cálculos que embasaram o acordo de refinanciamento.
 
É forte a impressão de que para sair da perspectiva de uma recessão sem fim a Grécia precisa muito reforçar a competitividade da sua economia. Também é forte a dúvida sobre as chances de sucesso de uma recessão infindável como meio para baratear, em termos relativos (ou seja, nas moedas dos parceiros comerciais), a produção grega. É bem possível que o tempo revele que a Grécia não tem alternativa senão desvalorizar sua moeda – e obviamente a dificuldade é que ela, ao aderir ao euro, abdicou de ter uma moeda própria. Ninguém sabe como poderia ser operacionalizada uma saída do euro, nem os impactos que a atitude teria. Ninguém sabe chegar à saída do labirinto.

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O polêmico vídeo da União Europeia

Por Rodrigo Russo
09/03/12 13:13

O site do jornal britânico “Guardian” mostrou nesta semana que a União Europeia teve de suspender a exibição de um vídeo -feito para ser mais um daqueles virais- por conta das intensas críticas de que promoveria racismo.

Lembrando dos jogos no estilo “Street Fighter”, uma mulher, loira, com roupas parecidas com a da protagonista de “Kill Bill”, está sozinha em um galpão. Ou estava, porque aos poucos é ameaçada por um lutador chinês, um indiano e um brasileiro (este fazendo movimentos da capoeira). A lutadora, então, se multiplica e forma um círculo ao redor de seus oponentes. Surgem as estrelas-símbolo da União Europeia e os dizeres: “Quanto mais formos, mais fortes seremos”. Abaixo, a íntegra da propaganda.


O vídeo já surge em momento inoportuno, com essa forte crise econômica no continente, e ainda reforça, na opinião de muitos, a xenofobia contra os imigrantes, pois de certo modo eles são subjugados pela presença multiplicada da União Europeia.

A organização se defendeu dizendo que o vídeo era voltado a jovens de 16-24 anos, familiarizados com a linguagem de videogames, e que esse público recebeu bem a mensagem que gostariam de passar – a adesão de novos países ao bloco.

Para mim, o vídeo é infeliz ao reforçar esses clichês que muitos têm de povos que não os seus. Mesmo a mensagem de que precisa-se de mais países para tornar a União Europeia mais forte não é coerente com o momento de crise que o bloco atravessa. Trazer um país com estrutura problemática para a União Europeia só potencializa o risco de lidar com uma nova Grécia no futuro.

E você, o que achou do vídeo? 

 

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Arte nas eleições

Por Rodrigo Russo
08/03/12 13:54

Um dos símbolos mais famosos da campanha de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos, em 2008, foi o pôster abaixo, rapidamente reconhecível, criado pelo artista Shepard Fairey.

O célebre pôster da campanha de Obama
 
Pois um artista russo, também por conta das eleições presidenciais em seu país, resolveu se apropriar da obra acima, que relacionava Obama à esperança de tempos melhores para a América, mas no contexto russo. Seu nome é Konstantin Kallendareff, e sua escultura é mais satírica (imagem abaixo). Ela leva o nome de “We Vote Vodka” (nós votamos na vodca).
 

Vladimir Putin na obra "We Vote Vodka"

 
Aqui, Vladimir Putin está em uma carta (o ás de copas) do baralho, com visual muito parecido ao de Obama, mas a inscrição indica que não há esperança para a Rússia. Acima da carta, uma garrafa de vodca já quase no fim.
 
O trabalho mostra duas coisas: que há uma crescente cena de insatisfação com o governo, a observação óbvia, mas também que há relativa liberdade de crítica no país (embora manifestações sejam outra história e dependam de um longo caminho burocrático para serem autorizadas).
 
Para acompanhar a eleição presidencial americana e o longo e complicado caminho republicano até a indicação de seu candidato, visite o blog das colegas Luciana Coelho e Verena Fornetti, o Eleições nos EUA.
 
 
 
 
 
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Um caso ilustrativo da eleição russa

Por Rodrigo Russo
07/03/12 14:33

Estou de volta a Londres, mas ainda tenho algumas observações a fazer sobre a Rússia. O episódio que relato abaixo ilustra bem o quanto o resultado da eleição de domingo no país era “imprevisível”.

No sábado à tarde, estava caminhando pela praça Manej, nos arredores do Kremlin, com a jornalista Marina Darmaros me ajudando na tradução e na apuração. Vimos que estavam começando a montagem de uma estrutura no local, e imaginamos que fosse para as celebrações da Nashi, organização da juventude pró-Putin.

Marina então abordou um policial da Omon, a temida tropa de choque do país, perguntando o que aconteceria ali no dia seguinte. A resposta: “Fomos informados de que amanhã haverá o discurso do vencedor das eleições presidenciais aqui”.

Pensamos que aquilo era muito estranho e não fazia sentido. Afinal de contas, faltavam mais de 24 horas para que começasse a apuração dos votos na Rússia; haveria um compromisso já pré-estabelecido com os cinco candidatos, embora Putin fosse amplamente favorito?

Não. Antes mesmo de começar as eleições, as Forças Armadas e a polícia da Rússia já sabiam de forma razoavelmente segura quem ganharia a disputa.

De fato, as fraudes não foram o fator decisivo para Vladimir Putin, mas pode-se dizer que houve alguma disputa democrática no país?

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Líder da oposição russa pede eleições limpas

Por Rodrigo Russo
04/03/12 20:07

Ontem, durante as eleições presidenciais na Rússia, que terminaram com a previsível vitória do premiê Vladimir Putin, a Folha entrevistou Boris Nemtsov, um dos mais importantes líderes da oposição no país.  Nemtsov foi um dos principais dirigentes da Rússia entre 1997 e 98, no governo Boris Ieltsin, do qual foi vice-premiê.

Tive a valiosa colaboração de Marina Darmaros, jornalista brasileira radicada em Moscou, nessa cobertura. Registro aqui meu agradecimento pela ajuda que tive com contatos, discussões sobre a situação do país e traduções e também pela paciência de Marina com as minhas reiteradas tentativas de entender todas as placas que via na rua escritas com o alfabeto cirílico -que, ao contrário do que se imagina, nasceu na Bulgária.

Hoje, a oposição deve ir às ruas para protestar contra os resultados da eleição. Abaixo, a entrevista com Nemtsov, que respondeu em russo para Marina e em inglês para mim. Incluí também um par de questões encaixadas por uma colega britânica entre as nossas perguntas.

Há muitas coisas legais sobre essa cobertura eleitoral, aos poucos vou contando aqui.

Folha – O sr. vai participar dos protestos?

Nemtsov – Sim, claro. Amanhã [hoje] teremos um protesto na praça Puchkin, que começa às 19h. Além disso, estarei com uma fita branca nos arredores do Kremlin e  recomendo que façam o mesmo. [a fita branca é o símbolo dos protestos por eleições limpas]

Folha – O senhor acredita que este seja o começo do fim de Putin?

Nemtsov –  Isso já começou há muito tempo. Simplesmente ele ainda não entendeu, mas o resto do país entende.

Jornalista britânica – Por que o senhor diz que estas não são eleições limpas?

Nemtsov – Há três estágios de falsificação das eleições. O primeiro deles é a seleção de candidatos. Era impossível, de acordo com as regras, ser registrado como oposição. É por isso que apenas candidatos leais e dependentes são registrados. Um modo é ser dependente financeiramente, outro é depender em oportunidades de informação etc.  O segundo estágio de falsificação é a censura. Em primeiro lugar Putin se recusa a participar de debates, depois proíbe estritamente a discussão da corrupção, primeiro no alto escalão, no Kremlin, em seguida com os amigos dele se tornando bilionários, e é impossível saber o que acontece na realidade no Cáucaso com o terrorismo, com a corrupção etc. É impossível saber o que se passa na vida privada de Putin. E o terceiro tipo de falsificação é a que acontece nas eleições. É por isso que pela primeira vez serei um observador. Sou um observador da Novaia Gazeta, onde a [jornalista morta em 2006] Anna Politkovskaia trabalhou, e agora eu vou voltar à votação, e tentar me comunicar com observadores, com a chefe da comissão, que está muito nervosa, não entendo o porquê…

Jornalista britância – Então o que o senhor espera que aconteça?

Nemtsov – Eu tenho certeza de que ele falhará em Moscou, vai ganhar talvez com 100% na Tchetchênia, no Daguestão, talvez na Ingushétia, em Kabardino-Balkária etc. No Cáucaso, resumindo, ele terá algo em torno de 99,9999%. O mesmo se dará no interior da Rússia, na Rússia Central. Muitas fraudes em cidades pequenas. Mas aqui será um problema para ele, em Moscou e em São Petersburgo.

Folha – Os protestos na Rússia e suas limitações têm algo a ver com o crescimento da classe média no país?

Nemtsov – É isso mesmo, é por isso que nas capitais se movimentam, mas nas províncias não, porque a classe média não existe, não uma classe média forte nesses locais.

Folha – Então o controle do regime nessas províncias é mais forte?

Nemtsov – Se Putin perder Moscou, ele perde a Rússia. É simples. Se não vencer em Moscou, significa que os protestos vão continuar muito fortes. Por isso que a capital é crucial nessa eleição.

 

 

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Vitória de Putin ou da Rússia?

Por Rodrigo Russo
03/03/12 15:58

Estou em Moscou, capital da Rússia, para acompanhar as eleições presidenciais de amanhã. A única coisa que se pode dar como certa, no cenário atual, é a vitória do primeiro-ministro Vladimir Putin (estima-se que com algo entre 50% e 60% dos votos, em um cenário sem fraudes).

De resto, o país é tema das mais diversas projeções de analistas e da imprensa internacional. Há quem aposte em instabilidade crescente, nova onda de protestos e até mesmo o fim da era Putin, que começou no fim de 1999, passou por dois mandatos presidenciais (até 2008), indicação do sucessor na Presidência (Dmitri Medvedev) enquanto garantia o cargo de primeiro-ministro e agora a nova corrida eleitoral.

Caso vença, Putin terá um mandato de seis anos, com direito a reeleição. Ou seja, mais 12 anos no poder.  Para chegar lá, sua retórica está acalorada.

Acuado com protestos de dimensão inédita no país após as eleições legislativas de dezembro, em que fraudes foram feitas para garantir mais cadeiras ao partido de sua base, o Rússia Unida (do qual não é membro), Putin vem exacerbando um antiamericanismo nos últimos meses.

Em recente discurso, citou um poema de Mikhail Lemontov sobre a resistência russa à invasão francesa no século 19: “Nós morreremos defendendo Moscou, como nossos irmãos morreram!”. Ao fim de sua fala, exortou: “A vitória será nossa!”. 

Essa frase foi dita pelo ministro Vyacheslav Molotov (que deu nome, pelo lado soviético, ao pacto Ribentropp-Molotov,  tratado de não agressão com a Alemanha firmado em 1939) no primeiro dia da invasão alemã à ex-URSS, 22 de junho de 1941.

Caminhando pelo centro de Moscou e usando seu metrô, de estações suntuosas e alusivas às conquistas soviéticas, fica fácil perceber que os tempos em que o mundo era dividido entre “nós” e “eles” ainda fazem muito sentido por aqui.

As pergunta mais importantes, que espero compreender e para o que desde já conto com os comentários de vocês, são: vitória de quem? Quem é o inimigo? Estamos falando da vitória de uma nação ou de um projeto pessoal de poder?

Amanhã, posto aqui um pouco do clima das eleições.

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