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Rodrigo Russo

Política, economia e cultura na Europa

Perfil Formado em direito pela USP e em jornalismo pela Cásper Líbero, é correspondente em Londres

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Merkel tem algo a comemorar hoje?

Por Rodrigo Russo
28/06/12 13:24

BRUXELAS – A chanceler alemã, Angela Merkel, mais uma vez, é o centro das atenções na reunião do Conselho Europeu, que acontece entre hoje e amanhã na capital belga.

Essa é a terceira reunião entre líderes europeus que acompanho na cidade desde janeiro, e de longe é a que tem maior número de jornalistas no prédio – desde o começo do ano, Grécia (de novo), Chipre e, principalmente, Espanha foram obrigadas a pedir resgate às autoridades europeias, o que mostra o agravamento da crise.

Em todas elas, Merkel foi a protagonista. No mês de janeiro, aprovou o pacto fiscal. Em maio, estava pressionada a discutir taxas internacionais sobre operações financeiras e a criação dos títulos de dívida garantidos em conjunto pela zona do euro, os “eurobônus”. Nenhuma das propostas conta com sua simpatia e não foram aprovadas.

Agora, Merkel tenta se defender dos “eurobônus” e de mais duas medidas defendidas por economias em crise (Itália e Espanha, principalmente) e pela França de François Hollande.

No fim do dia, como economia mais poderosa do continente e defensora das medidas de austeridade, Merkel deve comemorar, mais uma vez, a vitória de suas visões para a Europa, que incluem maior união fiscal, bancária e política a médio prazo.

E quem sabe uma vitória da seleção alemã contra a Itália na semifinal da Eurocopa? Abaixo, o link de Merkel comemorando um dos gols da Alemanha contra a Grécia nas quartas de final, na semana passada. 


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O preço da final de Wimbledon

Por Rodrigo Russo
27/06/12 08:10

Até o próximo domingo, a cidade de Londres recebe o tradicional torneio de tênis de Wimbledon, um dos poucos a ser disputado sobre a grama atualmente.

Nunca entendi muito por que ele era promovido em uma época de chuvas, que obriga diversos jogos a serem paralisados e até mesmo adiados, antes de morar na cidade.

A resposta: toda época aqui é de chuva. Assim, eles ao menos disputam o torneio no período em que há (algum) sol em Londres, quando ele nasce às 4h e se põe depois das 22h.

Gostaria muito de ir à final de Wimbledon, mas o preço é muito mais alto do que eu esperava. Um ingressso normal custa mais de R$ 6.500. Só há como pagar menos se você se cadastrar em um sorteio que a organização promove para distribuir os ingressos no começo do ano -teoricamente, eles só são adquiridos por quem tem sucesso nessa loteria.

A outra opção é ir às vizinhanças do torneio e assistir ao jogo por um telão. Não tem o mesmo clima de tradição da quadra central de Wimbledon, mas pode ser uma experiência mais divertida -especialmente se o britânico Andy Murray conseguir chegar à final pela primeira vez em sua carreira.

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Assange e Correa

Por Rodrigo Russo
19/06/12 20:31

Dia movimentado na Europa. Os já tradicionais Espanha, Grécia e, no fim do dia em Londres, o inusitado pedido de asilo político de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, à embaixada do Equador -onde ele ficará até a decisão final do governo de Rafael Correa.

O vídeo abaixo, parte do programa “The World Tomorrow”, que Assange apresenta na emissora russa RT (que transmite em inglês para o mundo todo), ajuda a explicar por que o ativista procurou o Equador, com tantos países no mundo. 

O clima cordial da entrevista com Correa e as conversas com as câmeras desligadas, imagino, revelam que há boas chances de o presidente aceitar o pedido e comprar mais uma briga com os Estados Unidos.


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Futebol e festa na Grécia

Por Rodrigo Russo
17/06/12 12:45

A noite de sábado, 16 de junho, véspera de decisivas eleições parlamentares na Grécia, foi de enorme festa em Atenas, onde estou para acompanhar a votação.

O motivo? A classificação da seleção grega para a próxima fase da Eurocopa, após uma vitória por 1×0 contra a favorita Rússia.

O jogo acabou quase à meia-noite, mas nem o horário impediu que muitos atenienses promovessem um buzinaço de duas horas pela cidade e uma celebração na praça Omônia -mesmo palco do último comício do Syriza, partido de extrema esquerda que é um dos favoritos para a eleição.

Na sexta-feira, possivelmente com novo governo (assim desejam todos os outros países europeus), a Grécia deve enfrentar a Alemanha -caso a equipe germânica confirme hoje o favoritismo e fique em primeiro lugar em seu grupo.

Será o confronto entre quem professa a austeridade como solução e quem vive o aperto na prática e não vê melhora há cinco anos. Não perco esse jogo por nada.

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O papel da rainha nas últimas seis décadas

Por Rodrigo Russo
12/06/12 14:00

Uma semana após o jubileu de diamante da rainha Elizabeth 2, encontrei hoje em uma banca de revistas a nova edição da “Private Eye”, uma publicação de humor com viés político muito bacana do Reino Unido.

O título é “Como o papel da rainha mudou durante as décadas”. Abaixo, a ótima sacada.

Capa da "Private Eye"

 Apesar da boa piada, um fato que os analistas destacam no reinado de Elizabeth é justamente a estabilidade que conferiu ao Reino Unido apesar das enormes mudanças e transformações no mundo nos últimos 60 anos.

PS: a popularidade do príncipe Charles aumentou no país depois de sua participação nas comemorações do jubileu de diamante, e já recuperou o posto de sucessor favorito ao trono, que antes estava com seu filho William.

 
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Rajoy escolheu o evento errado

Por Rodrigo Russo
11/06/12 14:16

Um dia depois de acertar com a União Europeia um pacote de resgate à Espanha, o primeiro-ministro Mariano Rajoy viajou à Polônia para acompanhar a estreia da seleção de seu país na Eurocopa.

A Espanha, atual campeã do mundo e da Europa, empatou com a Itália em 1×1. Rajoy foi muito criticado pela imprensa do país, mas defendeu que a viagem seria positiva e que a seleção precisava de seu apoio -ou ele é que precisa dos bons resultados do time?

Para mim, o premiê escolheu o evento esportivo errado para acompanhar. No mesmo domingo, na cidade de Paris, o maior tenista espanhol de todos os tempos, Rafael Nadal, 26, tentava se tornar o único homem do mundo a conquistar  o tradicional torneio de Roland Garros por sete vezes.

A partida final, entre Nadal e o sérvio Novak Djokovic, 25, acabou apenas na tarde de hoje, por conta de interrupções causadas pela chuva. 

Nadal venceu por 3 sets a 1, em mais de três horas de jogo, e superou Bjorn Borg, com quem dividia o recorde de seis vitórias no saibro de Paris. Feito histórico e que merecia ser prestigiado, já que o premiê se dispôs a acompanhar um esporte no fim de semana.

O tenista, mais que um esportista de sucesso, é uma lição de persistência,  trabalho árduo, dedicação e vontade de vencer – um exemplo para todos os espanhóis em um momento de dificuldades.

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Conversa na imigração

Por Rodrigo Russo
09/06/12 14:11

Durante a semana, quando voltava da França para o Reino Unido, tive que passar, como sempre, pela imigração britânica. O procedimento em geral é bem simples: o agente confirma meu visto, faz algumas perguntas sobre o meu trabalho e carimba o passaporte.

Dessa vez, tive duas gratas surpresas. A primeira: praticamente não havia fila no aeroporto de Heathrow, que recentemente chegou a ter três horas e meia de espera para passar pela imigração, preocupando os britânicos com o que poderá acontecer na Olimpíada, quando o fluxo de turistas será enorme.

A segunda: o agente de imigração foi bastante simpático, o que é raro. Ao ver que eu era jornalista, perguntou se eu escreveria sobre as filas na imigração. Respondi que era uma possibilidade, mas que o serviço estava bem melhor.

Ele concordou e contou que havia sido recentemente destacado de Glasgow, na Escócia, para Londres. Em seguida, apontava para seus colegas e dizia que cada um tinha vindo de uma outra cidade especialmente por conta da preparação para a Olimpíada.

Comentei que as filas tinham sido bastante criticadas na imprensa britânica. O funcionário britânico respondeu: “A imprensa aqui tem um poder enorme. Você deve ter reparado que a fila diminui, não? Quando publicam algo, os políticos correm para corrigir”.

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Dois vídeos do show da rainha

Por Rodrigo Russo
06/06/12 18:26

As comemorações do jubileu de diamante da rainha Elizabeth 2 acabaram ontem, com uma aparição do núcleo da família real -os sucessores Charles, William e Harry- na sacada do Palácio de Buckingham, mas o assunto continua repercutindo nos jornais britânicos.

Para mim, o melhor momento foi o show em frente ao palácio. Demonstrou bem o espírito de que “o show deve continuar” da monarquia no país, pois aconteceu logo depois de o príncipe Philip, marido da rainha, ser hospitalizado por uma infecção urinária -ele passa bem, mas segue internado.

Deixo aqui a abertura do show, com presença da guarda real e Robie Williams cantando “Let Me Entertain You”.


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E, por fim, o discurso do príncipe Charles, com Elizabeth visivelmente comovida. No  1 minuto e 30 segundos, o príncipe se refere à rainha como “mamãe”, gerando surpresa na plateia:


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Festa para a rainha

Por Rodrigo Russo
04/06/12 19:04

Foi uma grande festa. O Palácio de Buckingham foi palco de um grande show promovido pela BBC para celebrar o jubileu de diamante da rainha -que celebra 60 anos no poder.

O príncipe Philip, duque de Edinburgo e marido de Elizabeth 2, foi hospitalizado por conta de infecção urinária e não acompanhou o evento – ele também perderá a missa de ação de graças amanhã, na Catedral de São Paulo, e o passeio de carruagem de Elizabeth 2 pelo centro de Londres.

Anteontem, o príncipe acompanhou a rainha durante o cortejo de barco pelo rio Tâmisa, que contou com cerca de mil embarcações e foi acompanhado por mais de um milhão de pessoas nas ruas da capital britânica, apesar da insistente chuva.

Elizabeth 2 compareceu ao show apenas na metade das apresentações, a tempo de ouvir Elton John, Stevie Wonder e Paul McCartney, os principais nomes escalados pela BBC, que transmitiu o evento ao vivo.

A rainha estava em um camarote para a família real, acompanhada dos príncipes Charles, Harry e William, e vestia sobretudo preto -que escondia um bonito vestido dourado. O primeiro-ministro David Cameron, do Partido Conservador, também acompanhou o show do camarote real.

Em frente ao palácio, mais de 12 mil pessoas, segundo a transmissão da emissora britânica, acompanharam a variada apresentação, que foi da música clássica ao pop. A multidão também se aglomerava em parques próximos ao palácio, acompanhando tudo por telões. Grande parte do público carregava bandeiras do Reino Unido durante o show, que durou três horas.

O cantor Stevie Wonder comandou uma versão de “Happy Birthday” ( em homenagem aos 60 anos de reinado de Elizabeth 2, acompanhado pelo americano will.i.am.

Sir Paul McCartney encerrou, curiosamente, com “Obladi Oblada” -fugindo da rotina em que todos os artistas voltam ao palco para cantar “Hey Jude” com ele em eventos do tipo. Em seguida, um bom discurso do príncipe Charles -o futuro rei. Charles até chamou Elizabeth de “mamãe”, fazendo com que a plateia se desmanchasse.

Não tinha visto, em seis meses aqui em Londres, tamanha comoção pública quanto nos eventos do jubileu de diamante. Parece-me que ainda há longa vida para a monarquia no Reino Unido.

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O erro da rainha Elizabeth

Por Rodrigo Russo
18/05/12 19:08

Se no começo da semana escrevi elogiando a defesa do crescimento na União Europeia feita pelo premiê britânico, David Cameron, desta vez o post serve para criticar a monarquia do Reino Unido.

A bola fora foi receber em almoço no castelo de Windsor, por conta das celebrações de 60 anos de reinado de Elizabeth II, as casas reais de Bahrein, Suazilândia e Arábia Saudita.

A refeição entre casas reais do mundo todo (a mais importante exceção foi a espanhola, que recusou o convite por divergências em relação a Gibraltar, território ultramarino britânico), sofreu críticas por ter recebido chefes de regimes que não respeitam direitos humanos e não são exemplo de democracia.

A desculpa: a monarquia se absteve de comentários porque o almoço era um evento privado, e o Foreign Office justificou os convites dizendo que esse não era um “ato político”.

Para mim, é impossível dizer que um evento que reúne chefes de Estado de diversos países não seja um ato político, ou que não tenha consequências políticas.

Dirão os representantes britânicos que o assunto principal foi turfe, esporte que a rainha acompanha com grande entusiasmo? Ninguém falou de revoltas árabes, de crise econômica na Europa, de medo de perder o cargo?

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