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Rodrigo Russo

Política, economia e cultura na Europa

Perfil Formado em direito pela USP e em jornalismo pela Cásper Líbero, é correspondente em Londres

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Pais e mães ou pais?

Por Rodrigo Russo
28/09/12 13:36

Não é apenas o novo (e austero) Orçamento da França para 2013 que tem potencial de causar polêmica no país.

Há um projeto de lei na Assembleia francesa que pretende banir as palavras “pai” e “mãe” de todos os documentos oficiais, usando no lugar o termo “pais”, que é igualmente válido para casais homossexuais. A proposta deve ser apresentada no fim do mês de outubro e abrange também direitos de adoção.

O presidente François Hollande prometeu legalizar o casamento gay no país. Segundo pesquisa do instituto Ifop, cerca de dois terços dos franceses apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A oposição à medida, como é previsível, vem do segmento religioso francês, especialmente dos católicos. Ao jornal “La Croix”, a ministra da Justiça, Christiane Taubira, declarou que não é possível afirmar que “um casal heterossexual dará melhores condições de vida a uma criança do que um casal homossexual”.

Como vocês, leitores, avaliam a proposta?

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Senso de dever

Por Rodrigo Russo
24/09/12 17:57

Nessa discussão sobre as fotos de topless de Kate Middleton, a mulher do príncipe William, a imprensa britânica se comportou como quem deve alguma coisa -o que é verdade, se considerarmos que não publicou as fotos e que está sob investigação de uma comissão por conta de suas práticas e parâmetros às vezes (muitas vezes) questionáveis, especialmente nos tabloides.

Mas, antes desse debate interminável sobre direito à privacidade ou liberdade de expressão,  o melhor comentário que vi sobre o tema (e é uma pena que não tenha me lembrado do nome do autor) veio em uma espécie de mesa-redonda na BBC News que perguntava se os jornais deveriam ter publicado a foto.

Um dos participantes respondeu que os jornais agiram corretamente, que não havia interesse público nas fotos, mas questionou o comportamento de Kate Middleton.

Segundo ele, em comparação com a qual concordo, nunca houve na história da rainha Elizabeth 2, há 60 anos no poder, qualquer escândalo envolvendo sua vida pessoal. Por qual razão? Porque ela tem noção de seu dever, sabe que precisa preservar sua imagem para governar.

É claro que as condições eram outras, não havia a mesma velocidade, mas Elizabeth governa desde seus 25 anos e certamente se absteve de diversas vontades em prol de manter sua imagem sem polêmicas desnecessárias.  A família real, por sua vez, não conseguiu seguir esse exemplo até o momento.

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A nossa gratidão é um anúncio

Por Rodrigo Russo
17/09/12 18:23

Nando Reis tem uma música cujo título é “A Minha Gratidão É uma Pessoa”. Pois aqui em Londres a gratidão das autoridades e de patrocinadores olímpicos pelo bom resultado dos Jogos na cidade se transformou em motivo de anúncios.

No metrô, nos jornais, é muito fácil perceber que, para aqueles que pagaram caro para ter direito a ligar suas marcas aos Jogos Olímpicos, a experiência chegou ao fim de forma muito bem-sucedida. 

O metrô, por exemplo, que por meses (desde que cheguei a Londres, em janeiro, vejo esses avisos) pediu que os usuários tivessem calma durante períodos excepcionalmente cheios e que usassem rotas alternativas, agora usa campanha similar para agradecer a compreensão e o comportamento dos londrinos.

O órgão de turismo do Reino Unido aproveita suas inserções nas escadas rolantes das estações para agradecer aos atletas, voluntários, espectadores e profissionais de mídia que atuaram no evento, com os dizeres “This is Great Britain”.

E o próprio Locog (Comitê Organizador) tem sua campanha dizendo que não haveria tamanha emoção sem o envolvimento de todos, tanto na Olimpíada quanto na Paraolimpíada. Fica um bom exemplo para o Rio de Janeiro…

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O fim dos Jogos no Reino Unido

Por Rodrigo Russo
10/09/12 17:21

Com o fim dos Jogos Paraolímpicos de 2012, chegou a hora de Londres se despedir de dois meses bastante agitados e de alegria pouco habitual para os londrinos.

Todos os grandes jornais hoje publicaram reportagens de capa dando adeus, mais que às competições, ao “verão de ouro”, à “chama que não se apagará”, entre outras hipérboles (que são justificáveis, do ponto de vista britânico).

Para completar o clima de euforia, de sexta-feira até domingo a cidade contou com um clima bastante agradável, de calor e sol. A cerimônia de encerramento da Paraolimpíada, assim como a dos Jogos Olímpicos, apostou na música com sucesso.

Diferentemente de 13 de agosto, em que o fim da Olimpíada era amenizado com a perspectiva dos Jogos Paraolímpicos, não haverá nova competição com tamanha proporção nos próximos anos no Reino Unido.

Os britânicos terão que se contentar, portanto, com o futebol e o rúgbi…

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Ataque discreto à imigração no Reino Unido

Por Rodrigo Russo
30/08/12 19:52

Uma das notícias mais polêmicas do dia aqui em Londres, sem dúvida, foi a ação da Agência de Imigração do Reino Unido que cancelou a validade dos vistos estudantis emitidos pela London Metropolitan University.

Segundo a agência, uma série significativa de casos de alunos da instituição não cursava de fato as aulas e não tinha domínio básico do inglês, além de descumprir o prazo para saída do país.

A menos de um mês do novo ano letivo nas universidades britânicas, nenhum aluno estrangeiro aceito pela London Metropolitan terá o pedido de visto aprovado, a não ser que consiga transferência para outra instituição de ensino que esteja em situação regular para os trâmites de visto.

Os atuais alunos também correm risco de deportação depois de serem notificados individualmente sobre a situação da universidade.

O ministro da Imigração disse que a London Met representava uma “séria falha sistêmica” no controle da situação dos estudantes no Reino Unido, mas que não estava usando o episódio de forma política e que isso não seria estendido a outras universidades.

Sobre a extensão, não duvido do ministro. Mas desconfio de que, por mais que as autoridades neguem, o caso London Met serve para fins políticos, mostrando que o governo Cameron não será complacente com a imigração em tempos de crise econômica.

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Londres e a Paraolimpíada

Por Rodrigo Russo
29/08/12 09:38

Hoje à noite, mais uma vez o Estádio Olímpico de Londres será palco de uma festa para 80 mil pessoas, que verão a abertura dos Jogos Paraolímpicos de 2012.

Como reportagem em que colaborei com Jairo Marques na Folha de hoje mostra, a cidade está levando bastante a sério a disputa esportiva, que vai até dia 9 de setembro.

Os britânicos comemoram o fato de os Jogos Paralímpicos estarem voltando à sua primeira sede. A competição foi disputada pela primeira vez em 1948, nos Jogos de Stoke Mandeville, com soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial. Apenas em 1960 a disputa chegou ao formato de Paraolimpíada. A mascote paraolímpica leva o nome de Mandeville como forma de homenagem.

As redes de TV e a imprensa dão destaque constante ao assunto e perguntam se os Jogos mudarão a percepção geral da população sobre deficientes.  O prefeito de Londres, Boris Johnson, disse que os cidadãos terão a mesma empolgação que tiveram com a Olimpíada.

Quando fui ao Parque Olímpico na segunda-feira, notei que a região estava mesmo lotada -mas só depois me lembrei de que a data era um feriado britânico, o que exige uma nova avaliação durante a competição.

Para mais tarde, fica a expectativa de que a rainha compareça à cerimônia, que contará com o célebre físico Stephen Hawking e com o ator Ian McKellen.

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Quem publica as fotos do príncipe Harry?

Por Rodrigo Russo
23/08/12 11:42

Para um país que sempre teve tabloides fortes, era de se esperar que o (novo) escândalo do príncipe Harry se tornasse prato cheio para os jornais.

Em parte, isso é verdade. Todas as manchetes de publicações do gênero foram dedicadas ao caso. As fotos do príncipe nu em um quarto de hotel em Las Vegas, contudo, não foram divulgadas por nenhum veículo da imprensa britânica, tanto em versão impressa quanto eletrônica.

Com a pressão do inquérito Leveson, que avalia o comportamento e as práticas recentes da mídia britânica, os veículos de imprensa preferiram não arriscar um novo episódio de polêmica e conflito com a família real. O escândalo do “News of the World” e os prejuízos à imagem do grupo de Rupert Murdoch também devem ter pesado nessa decisão.

Além disso, o Guardian informa hoje que os advogados do príncipe Charles distribuíram cartas aos jornais lembrando que a publicação das fotos fora do país não era justificativa para sua divulgação no Reino Unido e que quem o fizesse estaria descumprindo o código de conduta da imprensa, abrindo margem para disputa judicial.

As fotos eram vendidas a pouco mais de R$ 30 mil por uma agência, e estão disponíveis no site de celebridades TMZ.

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Assange ainda tem longa batalha

Por Rodrigo Russo
17/08/12 18:55

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, talvez visse a decisão do governo equatoriano em conceder asilo diplomático como o final feliz de seus percalços com a Justiça britânica (com a da Suécia também).

Nada está mais longe da verdade do que isso. A concessão do asilo pelo governo equatoriano veio em ambiente cheio de tensão, adicionando animosidade diplomática entre o país latino-americano e o Reino Unido à história de Assange.

Os britânicos já declararam que não emitirão um salvo-conduto para o ativista australiano chegar a Quito, o que significa que continuará vivendo na embaixada do Equador até que a situação seja resolvida. Assange está no prédio desde 19 de junho, quando se refugiou para evitar a iminente extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.

Imaginei que, durante os quase 60 dias até a decisão do governo de Rafael Correa ser anunciada, os governos pudessem chegar a um consenso, mas isso também passou longe de acontecer.

Sem que alguém ceda, Assange só vai se enfraquecer. Os manifestantes, que também apareceram em frente ao prédio nos dias iniciais em que se refugiou, logo escassearão, assim como a cobertura noticiosa do caso.

O australiano prometeu para este domingo um pronunciamento, o primeiro desde que entrou na embaixada. O que acontecerá? Por enquanto, Assange ainda tem longa batalha a percorrer.

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Londres e o vento

Por Rodrigo Russo
09/08/12 18:06

Tenho lido que muitos atletas olímpicos, alguns deles do Brasil, culparam o vento por conta do fracasso em suas participações nos Jogos de Londres.

Não consigo entender o porquê. Qualquer pessoa que já tivesse vindo à cidade, em qualquer estação do ano,  perceberia que o vento forte é uma das características londrinas.

Ao usar o telefone celular na rua, não é incomum que a pessoa do outro lado da linha me pergunte onde estou, tamanho o barulho que o vento faz.

Com o dinheiro que é gasto na preparação olímpica e com as diversas competições que Londres recebeu durante o ano como parte dos testes para suas instalações, culpar o vento da cidade me parece a desculpa mais equivocada.

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Minha ida à cerimônia de abertura da Olimpíada

Por Rodrigo Russo
27/07/12 20:34

Ao contrário do que muitos esperavam, o trajeto dos espectadores da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres na noite desta sexta-feira, dia 27, entre o centro da cidade e o Parque Olímpico foi bastante tranquilo.

 Conhecendo o sistema de metrô londrino, eu integrava o grupo de descrentes. Saí da região de Victoria, onde moro, às 17h, para testar o transporte público. A cerimônia começaria às 21h.

 Atento aos avisos transmitidos nos vagões durante a semana, que anunciavam a possibilidade de ocorrerem longos atrasos nos túneis durante os Jogos, comprei uma garrafa de água antes de começar a viagem.

 Embarquei na linha Victoria por volta de 17h15 -e a estação estava ligeiramente mais cheia do que o normal. Não consegui entrar no primeiro trem, e coube apertado no segundo. 

Em seguida, eu tinha duas opções para fazer a troca de linha até Stratford, onde fica o Parque Olímpico: a linha Jubileu, mais moderna, e a Central, uma das maiores e mais antigas de Londres.

 Apostando nos problemas, escolhi a Central, de cor vermelha nos mapas. Em duas estações, fiz a baldeação na movimentada Oxford Circus.

 Para quem usava a linha vermelha de São Paulo na Sé às 18h da tarde, foi bastante tranquilo. Nem precisei usar a técnica de meu avô, que andava algumas estações no sentido contrário a seu destino para pegar um vagão mais vazio.

 De pé, e sem nenhum problema entre as dez estações, levei mais 40 minutos até desembarcar em Stratford, onde havia um enorme número de voluntários orientando as pessoas que chegavam.

 Alguns, sem ingressos, seguravam cartazes em que pediam entradas. Duas francesas prometiam um sorriso para quem lhes desse acesso ao Estádio Olímpico.

 Em mais cinco minutos de caminhada, chegava-se ao portão de entrada, onde era necessário passar pelo controle de segurança -similar ao de aeroportos.

Havia fila, mas nada que lembrasse a demora e a confusão que se vê em shows de grande porte no estádio do Morumbi, por exemplo.

 Aprovado pela segurança, uma nova caminhada de quase dez minutos bastava para estar ao lado do Estádio Olímpico, palco da cerimônia.

Ao todo, o trajeto, de porta a porta, não levou mais do que uma hora e quinze. Miraculosamente, todas as linhas de metrô apresentavam bom serviço.

 Mas talvez a paranoia tenha sido exagerada, ao menos para a abertura dos Jogos. Se considerarmos que o Estádio Olímpico tem capacidade para 80 mil pessoas, e que 30 mil delas eram convidados VIPs (segundo o jornal ªEvening Standardº), no máximo 50 mil pessoas se deslocaram à região de Stratford por transporte público. Os VIPs tinham direito a usar a faixa de trânsito olímpica.

 Considerando-se que quatro linhas de metrô e o sistema de trem servem a área, e dividindo o número de usuários pelo de serviços oferecidos, isso representaria 10 mil pessoas em cada linha. Não incluí no raciocínio carros e ônibus londrinos.

Para um metrô que transporta 3 milhões de pessoas por dia, esses deslocamentos não representam um problema.

 Imagino que o real teste para o transporte público londrino venha nos próximos dias, quando atletas, turistas e oficiais terão de se deslocar por 36 locais de competição, convivendo com o fluxo da população local. Estima-se até 1 milhão de visitantes por dia durante o período dos Jogos.

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