Quem se lembra de Assange?
12/07/12 12:32Em meados de junho, surgiu a notícia de que Julian Assange, 40, fundador do site WikiLeaks, estava pedindo asilo político ao Equador para evitar sua extradição à Suécia.
Com isso, passou a viver na embaixada do Equador em Londres, que tem proteção diplomática e não será violada pela polícia britânica, até que uma decisão fosse tomada pelo governo do presidente Rafael Correa (com quem ele havia tido uma entrevista bastante amistosa, que já mostrei aqui no blog).
No dia seguinte à notícia, a rua da embaixada, ao lado da loja de departamentos Harrod’s (o que significa dizer que está em uma área muito chique da cidade), quase não havia lugar para cinegrafistas, tantos estavam se aglomerando em busca de uma imagem de Assange.
Esperava-se que a decisão fosse rápida. Não foi o caso. Ainda hoje não se sabe qual será o destino do fundador do WikiLeaks, que já se negou a cumprir uma ordem para se apresentar em uma delegacia londrina.
Nesta semana, passei pela prédio da embaixada, por curiosidade. Não havia mais nenhum jornalista na região, e apenas quatro manifestantes mostravam apoio ao pedido de Assange. Quando houver um resultado sobre seu pedido de asilo, todos voltarão a se lembrar dele -e a buscar um lugar na rua.
O unico “erro” do Assange foi ter ousado peitar os “donos do mundo”. Agora o Ecuador aparece como “salvador da pátria”.
Assange ainda será lembrado como herói
da liberdade de informação
Os EUA ficarão de vilão.
Que bom, não?
Enquanto isso, ele está vivo.
quer dizer, tomara que esteja.