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Rodrigo Russo

Política, economia e cultura na Europa

Perfil Formado em direito pela USP e em jornalismo pela Cásper Líbero, é correspondente em Londres

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A complicada eleição da Grécia

Por Rodrigo Russo
09/05/12 15:01

Estou de volta a Londres, após alguns dias em Atenas para a cobertura das eleições parlamentares na Grécia.

O resultado mais provável da eleição: novas eleições, em junho. Nenhum partido foi capaz de obter maioria absoluta do Parlamento para indicar o próximo primeiro-ministro do país. Nem mesmo uma coalizão entre os dois partidos tradicionais e pró-acordo de resgate é suficiente para que um governante seja nomeado.

Pelo que conversei com algumas pessoas na cidade, os cidadãos foram às urnas magoados e desiludidos. Queriam mostrar ao Pasok, socialista, e ao Nova Democracia, conservador, seu descontentamento com os caminhos do país. Os dois partidos governam a Grécia desde 1974, após a redemocratização.

Com isso, o voto ficou mais fragmentado. Em 2009, cinco partidos entraram no Parlamento. Agora, serão sete – e três deles pela primeira vez. Dois são de direita, o Gregos Independentes, dissidência do Nova Democracia, e o perigoso Aurora Dourada, claramente neonazista e com 21 representantes no Parlamento.

O terceiro novato é o Esquerda Democrática, que, apesar de pequeno, pode ser o fiel da balança. Embora de esquerda, é pró-Europa. Desse modo, pode ser cortejado pelos partidos tradicionais, que costuraram o acordo com Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional para resgatar o país neste ano.

O problema: com a votação expressiva do Syriza (Coalizão de Esquerda Radical), o segundo partido mais votado e claramente contrário ao acordo com os credores, não seria uma jogada inteligente da Esquerda Democrática o alinhamento com legendas mais ao centro, pois perderiam o apoio conquistado nas urnas.  Ainda que se una ao Syriza, são incapazes de governar, pois o Partido Comunista recusa uma coalizão.

A situação na Grécia fica cada dia mais complicada, e os mercados, que tinham se acalmado, já voltam a especular sobre a saída do país da zona do euro.  O que virá das urnas em junho?

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Comentários

  1. Paulo Sunao comentou em 10/05/12 at 21:00

    Caro amigo Russo,

    Com o decorrente empobrecimento da população com os cortes dos gastos públicos e inevitável recessão acenando no horizonte, a Syriza provavelmente vencerá.

    Em que pese o quadro político emergente caótico em junho, satisfazer os anseios da população resultará em um sucesso eleitoral no curto prazo e um redundante fracasso econômico no longo prazo …

    UGA,
    Paulo Sunao

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